Pascal Niggenkemper

bassist - composer


Described by the New York City Jazz Records as "one of the most adventurous bassists on the scene” and by the Chicago Reader “genius for sound exploration” Franco-German bassist and composer Pascal Niggenkemper creates music bluring the lines between improvised, pure sound, and experimental music with a distinct musical language.

bio
live
solo
press
albums
contact

projects




home


Pascal Niggenkemper





bassist
composer
performer





















































bio
live
solo
press
albums
contact
projects




︎︎︎︎︎︎︎︎︎




























reviews



le 7ème continent   look with thine ears

︎
have you ever wondered  beat the odds   levar lenga   vèrs revèrs

baloni   PascAli   miner’s pick   now & present   upcoming hurricane   PNTrio   vision7









album reviews - blòc

 

O contrabaixista franco-alemão Pascal Niggenkemper reuniu numa box-set diferentes momentos da sua vasta obra: “Blóc” é uma sumptuosa caixa de seis CDs e tem edição limitada. Música imprevisível.

Com formação clássica, o franco-alemão Pascal Niggenkemper rompeu com esse universo após descobrir o jazz, a música improvisada e contemporânea. Depois de viver em Nova Iorque e Paris, o contrabaixista fixou-se em Rodez, no sul de França, onde lançou em 2019 o festival Subran, que decorre em várias salas, igrejas e museus da cidade do pintor Pierre Soulages. O contrabaixista não será um nome estranho para os fãs da música criativa em Portugal. A sua discografia começou há vinte anos e o primeiro álbum em seu nome surgiu em 2008. Participou em diversas edições da editora Clean Feed. A sua banda Vision 7 lançou “Lucky Prime” em 2013, com Christian Lillinger, Eve Risser, Els Vandeweider e Emilie Lesbros... Depois chegou o solo “Look with Thine Ears” em 2015 e “Talking Trash” ao leme do grupo Le 7ème Continent no ano seguinte (novamente com Eve Risser). Niggenkemper é o “ni” do trio Baloni, que é complementado pelo palhetista Joachim Badenhorst e pelo violetista Frantz Loriot. Os seus álbuns (“Fremdenzimmer”, “Belleke” e o LP ao vivo “Ripples”) foram muito bem acolhidos pela crítica e o trio deu concertos memoráveis.

Passemos à sua carreira de sideman, mesmo que o termo seja pouco apropriado para um músico cuja personalidade deixa marca em todas as bandas em que toca. Badenhorst chamou-o à sua orquestra Carate Urio (“Ljubljana” em 2016) e Samo Salomon ao seu sexteto para “The Colours Suite” (2017). Durante a sua estadia em Nova Iorque, Niggenkemper fez parte do grupo de power free jazz Black Host, liderado por Gerald Cleaver, e tocou no quinteto de Larry Ochs (“The Fictive Five” na Tzadik e “Anything is Possible” na Clean Feed); este grupo atuou na edição de 2017 do Jazz em Agosto. Tocou também com Jean-Brice Godet (“Lignes de Crête” em trio com Sylvain Darrifourcq em 2017) e com Harris Eisenstadt em “On Parade In Parede” em 2017 e “Canada Day Quartet Live” em 2019, com Nate Wooley. Outras colaborações incluem o concerto ao vivo “Imaginary Numbers” com Joe McPhee e Ståle Liavik Solberg e o trio Bedmakers (“Tribute to an Imaginary Folk Band”, da editora Mr Morezon). Outras parcerias incluem Tyshawn Sorey, Joe Morris, Thomas Heberer, Chris Corsano, Dave Rempis, Brandon Seabrook, Yoni Kretzmer, Weasel Walter, Darius Jones, Gebhard Ullman, Frank Carlberg, Scott Fields, Steve Dalachinsky, Ninh Le Quan, John Butcher, Rodrigo Amado e Michael Zerang. Neste momento em que escrevo, o contrabaixista está em digressão pelos Estados Unidos com a pianista Sophie Agnel.

A box set “Blòc” (“bloco”) apresenta os melhores momentos do período 2017-2022 de um leque alargado de projectos. Estamos cada vez no domínio do inédito, de configurações raras ou nunca ouvidas, de um investigador sonoro, aventureiro de zonas inexploradas do seu instrumento, amante de parcerias insólitas. Encontramos a formação Le 7ème Continent (e as suas preocupações ecológicas) e a continuação das explorações a solo. Descobrimos um trio precioso com um carrilhão de sino de igreja e o trompetista e vocalista Ben LaMar Gay. Outros destaques incluem o quarteto “aumentado” Beat the Odds e dois projetos ligados à cidade natal do contrabaixista, envolvendo um ensemble vocal e poetas em langue d'oc, um dialeto que foi marginalizado nos séculos XIX e XX e que foi recentemente trazido de volta à ribalta, com uma dimensão patrimonial e de protesto. Embora Niggenkemper tenha privilegiado durante muito tempo os dispositivos acústicos nos seus concertos a solo, não se abstém de nada e os efeitos eletrónicos desempenham aqui um papel mais importante. A sua utilização do instrumento é marcada pelo uso de técnicas pouco ortodoxas. Na tradição da improvisação livre, mas também nas suas peças compostas, o músico fabricou as suas próprias ferramentas para forjar os sons que quer transmitir ao público: taças, utensílios de metal e de madeira, paus inseridos entre as cordas, dispositivos mecânicos, contrabaixo preparado... A acústica específica dos locais onde atua (capelas, oficinas, casas, jardins, etc.) também modifica a sua forma de tocar e esculpir a música. Em suma, temos aqui um conjunto de música que é constantemente surpreendente, imprevisível e diferente de qualquer outra. David Cristol jazz.pt